Terça-feira, 16 de Dezembro de 2008

Os sapatos voadores

No ultimo domingo o presidente da nação mais poderosa do mundo viu dois misseis, armados com sulfato de peuga, passar-lhe a escassos centímetros do nariz.

Nada, absolutamente nada, se comparado com as toneladas de misseis e bombas, dos verdadeiros, que semearam e continuam a semear a morte, em quantidades industriais neste país que George teve a desfaçatez de visitar. Dúvido que tenha ido pedir desculpa pela merda que fez, e tenho a certeza que foi lá mais para garantir o fornecimento do suco que torna a sua nação a mais poluente do mundo.

Quanto às  delirantes armas de destruição maciça, que justificaram a guerra, sabemos agora que afinal existiam!, Têm um formato de sapato, actuam aos pares e largam um leve aroma a sulfato de peuga, esse gás tão comum.

Pena é que que acertem tão pouco no alvo. Aquele merecia.

O que foi destruido maciçamente com aquele simples par de sapatos foi a soberba, a arrogância e a  estupidez. E a História, perigosa e triste, deste inicio de século, agradecerá tão emblemático gesto.

 

Descarregar a raiva aqui:

 

http://bushbash.flashgressive.de/

 

 

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publicado por ensinartes às 22:31
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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

Leilões

Soubemos, na semana transacta, da falta maciça dos nossos "ilustres" deputati a uma série importante de sessões do parlamento, um dos mais bonitos do mundo, casa honrada da nossa democracia. Todavia, as qualidades estéticas do lugar não demove a queda para a inércia de tão inertes gentes.

Com os deputados do centrão em clara maioria de faltosos, as desculpas, infantilizando os seus autores, foram para todos os gostos.

As "doenças" dos costume, (mil desculpas para os que estavam efectivamente doentes neste inverno de frios rigorosos).

Mas a mais curiosa veio de um deputado do Porto, que alegou ter participado num jantar num clube de futebol de honradez duvidosa, a que se seguiu um leilão (é verdade "l-e-i-l-ã-o"!!!) em que teve de participar. Que terão leiloado que foi mais importante do que discutir os interesses da nação?

Com alguns fazedores de opinião a argumentarem que para fazer face à competitividade da economia chinesa teremos num futuro próximo que trabalhar no minimo 65 h (leu bem: sessenta e cinco) a proposta de um deputado, alma peregrina, de dar descanso aos deputados à segunda e à sexta, só pode parecer uma piada de mau gosto. Mesmo que o carnaval ainda esteja distante.

Na minha terra costuma-se dizer  "quem não pode...arreia!"

E...se os leiloássemos...assim... três pelo preço de um.

 

(Com desculpas aos deputados sérios, porque também os há, e até tenho honra em ser amigo de um)

 


publicado por ensinartes às 20:15
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Sexta-feira, 12 de Dezembro de 2008

$$$ Medo do escuro $$$

 

Anunciam-se tempos difíceis. É a crise. Não se sabe o que estará para além da tormenta. Mas nós temos essa experiência histórica, a de dobrar os cabos desconhecidos. Portanto, ânimo!
Os valentes,  polidos e, ao que parece, muito bem pagos banqueiros passaram dos tempos da euforia, em que anunciavam lucros obscenos, para a penúria franciscana. Num ápice passaram a necessitar da minha ajuda e da do prezado leitor (somos contribuintes, lembre-se!) via “ajuda do governo”para escaparem à extinção canibalesca, em que os maiores comerão os mais pequenos, como nas correntes alimentares  selvagens do oceano e da savana.
Com isto "percebemos" que "não percebemos" (passe a repetição) nada de economia, muito menos conhecemos as geografias secretas dos canais escorregadios para onde deslizam milhões, se desfazem e se recompõem fortunas, que ajudamos alegremente, com os nossos juros, a fazer crescer em terras desconhecidas.
A malta da finança faz-me lembrar o J. (o anonimato compreender-se-á, não vá levar algum calduço tardio) que era o rapaz mais valente, o mais disputado pelas raparigas e consequentemente o mais “mau”, o líder da rua onde cresci a quem todos tinham que obedecer. Roubou-me uns bons berlindes (outra vez os berlindes), o malandro. Pois o J. só funcionava com a luz do dia. Quando do caia a noite tinha medo do escuro e a valentia diminuia-lhe na proporção inversa do breu. Era vê-lo pedir com bons modos que o escoltassem até casa, um pouco afastada da aldeia. Não fosse aparecer por ali alguma alma penada no meio da escuridão.
Os homens da massa parecem-me assim, só peitaça, bons carros e havanos do melhor. Quando muda o ciclo e chega a incerteza, porque a roleta do jogo já está gasta de tanto fazer rolar o nosso dinheiro, pedem ao povo que os escolte dos seus... casinos...ops, perdão (!?$$$$$$$) bancos, até casa. E o povo, reverente, na sua incomensurável humildade lá os escolta…até ver. Têm medo do escuro! Estes maganos!
 

publicado por ensinartes às 15:06
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